sexta-feira, janeiro 27, 2006

Mozart (1756 - 1791)

Comemora-se hoje os 250 anos do nascimento de Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus, compositor Austríaco, intérprete de música de tecla, violinista, violista e maestro.
Autor de vasta obra para os mais variados instrumentos, e possuidor de um domínio técnico infalível, tocou e dirigiu óperas e concertos por toda a Europa.
Desde muito novo e até ao fim da sua curta vida, Mozart compôs, com genialidade, uma música que mostra um sentido de forma e simetria inato e um instinto musical fora do comum.
Morreu na miséria depois de não ter conseguido uma posição estável na corte de Viena, sendo preterido por Sallieri, no cargo de director de orquestra.
"As circunstâncias da morte de Mozart e a forma apressada e imprópria como um dos homens mais famosos de Viena foi enterrado deram origem a teorias sensacionalistas, e embora nenhuma tenha sido provada, todas elas apresentam bases para se pensar que os factos ocorridos não coincidem com os da versão oficialmente divulgada na época." (Dicionário Oxford de Música)

terça-feira, janeiro 24, 2006




















" Espanha", 1938

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Salvador Dalí ( 1904 - 1989 )


"Criança geopolítica observa o nascimento do Homem Novo", 1943.
"O facto de não entender os meus próprios quadros, no momento em que os pinto, não significa que estes quadros não tenham nenhum significado; antes pelo contrário, a sua significação é de tal ordem profunda, complexa, coerente e expontânea a ponto de se esquivar à simples análise lógica. Para que se possa descrever e explicar os meus quadros numa linguagem corrente, é necessário, primeiro, submetê-los a uma análise especial, mantendo, tanto quanto possível, a máxima serenidade científica e objectiva."
(A conquista do irracional)

A Língua Portuguesa

"Floreça, fale, cante, ouça-se e viva
A Portuguesa língua, e já onde fôr
Senhora vá de si, soberba e altiva!"
(...)

"E o vivo fogo, que em nós levanta,
A outra língua, ah cruéis, iremos dando?"


António Ferreira, poeta, (1528-1569)

sábado, janeiro 21, 2006

Agostinho da Silva (1906 - 1994)

Comemora-se este ano o Centenário do nascimento de Agostinho da Silva, por iniciativa conjunta dos Governos português e brasileiro e da Associação Agostinho da Silva.
Figura absolutamente ímpar da cultura luso-brasileira, Agostinho da Silva deixou, entre a sua vinda ao mundo, a 13 de Fevereiro de 1906, e a sua partida dele, no domingo da Ressurreição, em 3 de Abril de 1994, uma vida exemplar e pujante de pensamento e acção: das traduções e estudos clássicos à educação popular, da insubmissão perante o antigo regime à prisão e auto-exílio no Brasil, da fundação de universidades e centros de estudos ao aconselhamento de presidentes, governos e políticas culturais, da criação de vasta rede de amizades em todo o mundo à partilha dos recursos com os mais necessitados, do domínio de múltiplas línguas à publicação de imensa obra pedagógica, científica, literária e filosófica, da conversão da casa de Lisboa em tertúlia aberta à intensa e viva presença mediática.
Espírito livre, inconformista e original em todos os domínios, colocou as ideias e a vida ao serviço do pleno cumprimento de todas as possibilidades humanas. Em conformidade, e na linha de Luís de Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Jaime Cortesão, intuiu a superior vocação da cultura portuguesa, brasileira e lusófona como a de oferecer ao mundo o seu espírito fraterno e universalista, contribuindo para a criação de uma comunidade ético-espiritual mundial onde se transcendam e harmonizem as diferenças nacionais, culturais, políticas e religiosas.
Inspirador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), antecipou a urgência da sensibilidade ecológica e ecuménica, propondo um verdadeiro diálogo inter e trans-cultural, inter e trans-religioso, entre o Norte e o Sul, o Ocidente e o Oriente, como forma de superar preconceitos e antinomias que sempre resultam em desarmonia, opressão e guerra. Pensador do terceiro milénio, é hoje referência incontornável da cultura lusófona e do debate de ideias que, num ciclo conturbado da civilização, pode promover um novo Renascimento integral e planetário.

Presidente da Comissão do Centenário: Paulo Borges
Secretário Executivo: Renato Epifâneo

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Quem somos donde vimos para onde vamos?
Há muito já que moro no porquê.
Nada sabemos senão que passamos.
E há sempre um homem que já foi.
Há um homem que ainda não é.
É esse que me dói.
(...)

Pode o homem ter muitos nomes e não ter nenhum
pode ter um só nome tendo muitos.
Pode ter uma pátria e já não ter nenhuma
ou tendo muitas ter uma só.
Pode ter uma pátria que nunca teve e pode ter uma pátria que não há.
(...)

Todo o homem tem um navio no coração
todo o homem tem um navio
tem um país a descobrir em cada mão
tem um rio no sangue tem um rio
todo o homem tem um navio no coração.

Todo o homem tem um onde e tem um quando
um tempo de partir um tempo de voltar
sete palmos na terra mil caminhos no mar.
Todo o homem se perde. Todo o homem se encontra.
E tem um tempo em que se mostra. E tem um tempo em que se esconde.
Todo o homem tem um por e tem um contra.
Todo o homem se perde. Todo o homem se encontra:
Todo o homem tem um quando e tem um onde. (...)

(Manuel Alegre na fala do velho em "Um barco para Ítaca")

sexta-feira, janeiro 13, 2006

A Matemática e a Música

Existe uma relação de cumplicidade entre a música e a matemática devido à componente rítmica. Os números estão directamente relacionados com a música quando falamos de uma sequência rítmica, do compasso de uma canção ou dos valores das figuras que definem uma melodia ou harmonia. A composição moderna chegou a utilizar a série dos doze sons da escala cromática como ponto de partida para criar uma música, que eu chamaria de "democrática", onde os sons são dispostos, mais lógica que sensorialmente, com recurso a fórmulas matemáticas. No entanto, ao contrário da matemática, a música não é uma ciência exacta, mas é arte num tempo possível de se representar.
Os cientistas dizem que a zona do nosso cérebro mais estimulada por estas duas disciplinas é a mesma, a que nos dá a capacidade de abstracção, imaginação, criatividade, etc.
A aprendizagem gradual da música desenvolve de uma forma agradável e pedagógica as necessidades de abstracção que a matemática, num grau mais avançado, exige.

sábado, janeiro 07, 2006

Boas Imagens

Gostei de ouvir e de ver as imagens do nosso amigo e conterrâneo João Oliveira a cantar no CCB, com a Ronda Dos Quatro Caminhos, Coros Alentejanos e a Orquesta Sinfonieta de Lisboa, no programa Músicas do Mundo. O DVD está à venda e recomenda-se. São temas de raiz popular portuguesa com arranjos de orquestra e coros, num espectáculo realizado no Grande Auditório do CCB.