terça-feira, maio 08, 2007

FIM (do princípio)

Quando comecei a escrever este blog estava longe de imaginar até onde me levaria esta aventura, pois sempre fui deixando sair aquelas ideias que intuitivamente me pediam para fluir, muitas delas já maturamente sentidas por meia vida rica de observações e experiências. A maior parte destas ideias dizem respeito ao ser, indivíduo como célula social e à sua consciência do todo onde está integrado, assumindo um papel interventivo na sua construção.
Não tendo uma formação científica e conhecimentos reconhecidos, foi através da arte que se foi desenrolando esta tentativa de me reconhecer o mais profundamente que pudesse e soubesse, permitindo-me assim misturar a ficção dos sonhos com a realidade apreendida e a espiritualidade da poesia.
O humor (saudável loucura), o amor (gostar de mim para gostar de ti e vice versa), a vontade (a obra) e a fé (intuição-convicção), são os principais valores que estruturam o carácter deste blog, não havendo por isso limites condicionadamente aceites e deixando sempre uma porta aberta para as interpretações mais radicais.
Para além do presente, passado e futuro, tento alcançar uma certa intemporalidade, numa linguagem simples de pequenos quadros com substância, mas que apenas subtilmente desvendam a necessidade de um maior aprofundamento de certos assuntos socialmente ainda considerados tabu.
Argumentista, realizador e actor deste filme que retrata a minha vida, fui-me transmutando em variadíssimos personagens, arriscando estados de espírito elevados e pouco comuns para poder comunicar o que me vai na alma.
Oxalá que este meu in/conformismo possa ser catalizador social de uma atitude individual de procura que revele as maravilhas que eu tenho tentado, e ainda não consegui totalmente, encontrar.

Vosso

jm