segunda-feira, outubro 09, 2006

Do Amor

Amor e Psyche


De acordo com as teorias de Robert Sternberg, prof. de psicologia e educação na Universidade de Yale, o amor tem três componentes: intimidade, paixão e compromisso. As diferentes combinações destes componentes geram diferentes géneros de amor. Por exemplo, intimidade e paixão juntos produzem amor romântico, intimidade e compromisso juntos originam companheirismo, paixão e compromisso geram um amor fátuo. Os três juntos numa boa proporção produzem amor consumado.

Outra teoria deste autor propõe o amor como uma história, que especifica como as pessoas formam estes diferentes triângulos amorosos. De acordo com esta teoria, as pessoas são, desde a infância, expostas a várias histórias de amor. Devido a esta exposicão e de acordo com as suas personalidades, elas criam uma hierarquia de histórias preferidas. Exemplos dessas histórias seriam: o amor negociado ( o amor é como um negócio em que os dois parceiros contribuem para o seu sucesso ), o coleccionador de histórias ( ninguém consegue satisfazer completamente todos os seus desejos, então necessita de coleccionar pessoas que, combinadas, servirão para satisfazer esses desejos ), os contos de fadas ( o amor é uma história entre o príncipe e a princesa) e a história de guerra ( o amor é uma guerra ).
No ensaio ," Love is a Story " New York: Oxford University Press, Sternberg, R. J. (1998) o autor especifica duas dúzias de histórias.

6 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

Junto a estes 3 componentes do amor colocaria a criatividade, a necessidade de construir, de realizar, que vai transformar o amor sentimento em coisas reais, frutos desse amor.

Há quem defenda a teoria de que para sentirmos verdadeiro amor pelos outros devemos primeiro sentir amor por nós próprios(sawabona).Apesar de alguns pensarem que isto é caminho para o individualismo e egoismo irei confrontar os 3 componentes da teoria de RJS com uma situação de amor próprio.

A intimidade também é algo que existe muito dentro de cada ser humano, no mais profundo da essência das ideias, a que nos afeiçoamos com um estreito convívio. O ser comanda amorosamente a mente que acalma, e a intimidade entre eles é como um carregador de energias positivas.A familiaridade com este processo origina melhor amor próprio e equilíbrio.
A palavra paixão em latim significa sofrimento, entusiasmo por um sentimento excessivo, afectos violentos, vício dominador, mágoa, parcialidade. A paixão de Cristo tem inspirado, no ocidente, mundos espirituais interiores com uma ética de transcendência. As paixões estão ligadas à necessidade do homem em ultrapassar as suas limitações e condicionamentos e á sua (in)capacidade de procura para o fazer.
O compromisso interior entre o ser e a mente resulta no caracter de cada um. Esse comprometimento pode ser uma promessa solene de amor universal, um acordo com objectivos de progresso e evolução interior,ou outra coisa qualquer, resultando sempre no personagem da história que assumimos e modelamos interiormente, a qual devemos amar.

3:49 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Sem qurer contrariar as ideias do colega Sternberg sou mais pela trilogia da amizade, do afecto e da liberdade nas suas respectivas combinações. Por assim dizer, são conceitos que me dão mais jeito utilizar.

E como não sou dado a grandes eleborações teóricas sobre o tema em questão, digo com a máxima brevidade, que Amor é mesmo Amar.

2:57 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

É tão simples, como dar e receber.

9:44 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

O meu olhar é nítido como o girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O mundo não se fez para pensarmos nele
( Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro/ Fernando Pessoa

7:47 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

A partir daqui, discutam apenas o belíssimo poema, a imagética ea filosofia.

7:30 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Ai esta gente! o vosso problema resolve-se com algumas viagens de metro em hora de ponta.

11:21 da manhã  

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