sábado, agosto 05, 2006

Onde está a poesia?

Não há poesia na bomba que explode
Na bomba que extermina
Na bomba que destrói e arrasa
Na bomba que indiscriminadamente aniquila.

Não há poesia na bomba.

Não há poesia na bala
Na bala que trespassa o corpo
No corpo que recebe a bala
No corpo que se contorce em dor.

Não há poesia na bala.

Não há poesia na morte
Na morte que trucida os corpos
Na morte que os violenta
Na morte que os viola.

Não há poesia na morte.

Não me falem de guerras de libertação
De guerras de democratização.
Uns olhos de um homem morto
São uns olhos mortos.

Quem defende a guerra que me apresente
Um morto livre
Um morto democrata
Um morto com causas
Um morto com religião.

Não há poesia na guerra
Há morte, crueldade, caos, selvajaria
Extermínio, sangue, vazio e destruição…

E o silêncio
A ausência
A negação da palavra.

Por Encandescente em Erotismo na Cidade


4 Comments:

Blogger jm disse...

Puta guerra !!

2:47 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Direi mais! Puta fatalidade, a do Homem, que não consegue distinguir o essencial do acessório.

1:01 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

A guerra, é a dialéctica sem palavras, nem filosofias.

7:26 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Puta, merda de guerra!
Puta mas puta de merda, mesmo.

11:48 da tarde  

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